Maranhense recrutado pelo exército da Ucrânia sobrevive a bombardeio
O maranhense Rafael Paixão de Oliveira, de 29 anos, que deixou o estado para tentar a vida no exterior e foi recrutado pelo exército da Ucrânia, sobreviveu a um bombardeio na quinta-feira (3).
Segundo a mãe de Rafael, Nêila Paixão, ela recebeu uma ligação da Ucrânia informando que o filho não teria resistido aos ferimentos durante o bombardeio. Depois do susto, ela recebeu a notícia oficialmente do comando do exército, de que Rafael estava no grupo de sobreviventes.
"Foi um desespero lá e ligaram pra família de outros também, avisando que tinham morrido. Porém eles confirmaram tudo hoje pela manhã e, graças a Deus, o Rafael foi um que tava bem, que tava vivo. Nós recebemos uma videochamada do comandante nos tranquilizando, tranquilizando a família, que o Rafael tinha sido encontrado e que tava tudo bem. Graças a Deus, o pior como a gente tinha sido informado não aconteceu”, comemorou Nêila.
Após o ataque, Rafael teve uma lesão no joelho e outra na mão, mas não corre risco de vida. Ele chegou a fazer uma chamada de vídeo para a mãe, que mora em São Miguel do Tocantins, município que faz limite com Imperatriz, na divisa entre o Maranhão e o Tocantins.
Na ligação de vídeo, Rafael aparece em meio aos escombros, na guerra na Ucrânia, tranquilizando a família de que estava tudo bem com ele.
Rafael cursava direito em uma faculdade particular de Imperatriz, na região tocantina do Maranhão, mas deixou os estudos em agosto de 2024 para viajar para a Holanda com a namorada, em busca de novas oportunidades.
Na Holanda o relacionamento de Rafael chegou ao fim mas, em vez de voltar ao Brasil, ele se voluntariou para integrar o exército ucraniano para lutar na guerra contra a Rússia.
De acordo com o Itamaraty, no início da guerra, em 2022, mais de 100 brasileiros se voluntariaram para lutar no exército ucraniano. Porém, atualmente, não há um número preciso de quantos brasileiros foram recrutados e estão nos campos de batalha.